Sempre tem um povo que fica te observando para fazer, sei lá, uma análise psicológica da sua personalidade. Dae, quando acontece algo, a pessoa traz lá os papéis de anos de observação e fala: você fez isso porque, olha aqui, no dia 2 de abril de 1997 você matou uma formiga, esse é um sinal claro de agressividade e manipulação. Oi? Uma coisa é você ouvir uma versão e fazer sua análise. Outra coisa é não ouvir versão nenhuma e já ter uma análise e uma receita prontas pro problema. É muito bizarro analisar fatos da vida alheia, sem fazer parte de nenhum deles, e, a partir disso, formular conclusões sobre um fato recente. Não acha não?
Cada caso é um caso. A coisa meio que caminha pro lado do preconceito. É como pegar uma ficha criminal de um bandido e ver lá que ele roubou inúmeras vezes. Ok, ele foi preso e ficou na cadeia pelo tempo determinado pela justiça. O bandido sai da prisão e então passando pela porta de uma loja é preso, acusado de ter roubado a loja. E não se discute. A ficha criminal dele já o condena eternamente. Como se ele fosse eternamente culpado pelas coisas que fez no passado e tivesse que ser pra sempre condenado por isso. E então o prendem sem nem questionar o que ele fazia lá ou falar com outras testemunhas. Isso não soa extremamente errado não?
Já é errado uma pessoa estar dentro da situação e não enxergar o que que está acontecendo, imagina uma pessoa de fora querendo dar palpite sobre uma coisa que ela não viveu/presenciou, apenas pelo fato de ela ter uma análise suspeita de um dos envolvidos? As pessoas meio que confundem as coisas. Você pode dar palpite sobre uma coisa, perfeitamente. É completamente aceitável que você demonstre sua opinião sobre determinada situação. Outra coisa completamente diferente é você achar que sabe do que se trata, dar sua opinião e, ao ser informado que não se trata disso, você não dar ouvidos e dizer que os outros não aceitam opinião. Claro que eu não vou aceitar essa sua opinião sua, não é disso que se trata o problema. Você quer dar sua opinião sobre tomate, em um texto que é sobre caqui. E todo mundo destesta quando as pessoas fazem isso com elas. Tipo que nem o Sylvester Stallone: um cara completamente fora da situação, do contexto, alheio a todos os motivos pelos quais o Brasil se encontra na situação atual, faz comentários negativos sobre algo que ele não conheceu completamente, que ele sequer fez parte. É o que eu disse. Todo mundo fez o quê? Xingou o Stallone, assim como xingaram o Datena. Mas ninguém parou pra questionar a atitude de "falar sobre algo do qual você não faz parte, algo que não pede, em momento algum, opinião de alguém de fora". Isso não se faz. Mas não interessa o que ele disse, interessa que ele disse e que tá errado e que ele tem que morrer. Existe o direito de expressão. Mas existe o direito de inexpressão, também. Você não precisa se sentir na obrigação de dar uma opinião sobre tudo que acontece, muito menos quando é sobre a vida alheia. Você tem o direito de falar e não o dever. Mas, por outro lado, bem que poderia ser dever de inexpressão. Porque se for pra ficar dando esses palpitezinhos ala Sônia Abrão, o mundo agradece o seu silêncio.
7 comentários:
Eu gosto de imaginar, `as vezes, um mundo em que nos temos um limite de palavras para usar. Acho que as ideias ditas seriam muito mais inteligentes. E cada um pensaria 384390 vezes antes de dizer besteira.
voce ta me gongando?
Nao, vei! To concordando com o seu post! Se fosse assim, pensa no tanto que essa palpitaiada retardada nao ia acabar DE UMA!
Ah, tá. Achei que você tava falando tipo: SUA RETARDADA FICA ESCREVENDO ESSES TREM GRANDE AE DANDO RATA, VAI CAGAR.
UAHAUHAHUAUAUAHUAHUHAUUAHAHUA
Então SUPER verdade.
HAHAHAHAHA NOSSA MAS QUE DESCARAMENTO HEIN, VIR AQUI NO SEU BLOG E TE TIRAR, NOSSA rsrsss
VOCE FAZ ISSO TODA HORA. ¬¬
GENTE, nem vem! Eu nao te tiro nao! Soh discuto o texto, ora!! :S
Postar um comentário