sábado, 11 de setembro de 2010

Prepotência.

Quando você gonga alguém e a pessoa diz: "tem gente que acha que tá com essa bola toda", esse "tem gente" se refere, também, a própria pessoa que disse a frase. Porque, se pra te gongar, eu tenho que achar que sou melhor do que sou, significa que você está dizendo que é melhor que eu. Porque, se eu sou pior que você, com certeza eu não tenho cacife pra te gongar. Mas, se eu estou no seu nível, eu posso te gongar. Só que, como você se considera um ser superior, você não vai reconhecer que eu estou no seu nível, portanto, você vai encarar o fato de eu estar te gongando como um ato de prepotência. Só que, ao te gongar, eu mesma já estou te falando: "Ow, desce dae, c não é melhor que ninguém não." E, ao jogar na sua cara que você não é melhor que ninguém, que sim, você é do MEU nível e do nível de todos os outros seres humanos, você não vê que eu estou te rebaixando, você acha que eu estou me elevando ao seu nível. Porque você não move, o mundo move em volta de você. Então, quando alguém te rebaixa, você não se vê em um nível abaixo. Você vê como se o mundo tivesse se elevado ao seu nível. Agora, vamos lá, pare e pense em quem é que está achando que está com "essa bola toda".
Exemplo clássico: Pedro Victor - Publicidade UFG 2009

Considero esta minha obra de arte.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ódio vs mágoa

Eu não sei porque diabos eu fico mais feliz quando eu sei que uma pessoa me odeia, ao invés de apenas estar magoada. Quando a pessoa demonstra claramente estar magoada, eu me sinto magoada também, destrói meu dia. Mas, quando a pessoa demonstra me odiar, eu fico feliz. E não consigo pensar em pontos positivos pra isso. Por que eu fico feliz? Por que é melhor a pessoa me odiar? Pensei. E a conclusão é que, por exemplo, quando EU estou magoada, eu faço de tudo pra esquecer quem foi que fez. Não esquecer tipo: Nah, deixa isso pra lá. É esquecer tipo: Vai se fuder, some da minha vida, like, FOREVER. Mas, quando eu odeio, eu quero manter a pessoa no meu campo de visão, para que eu possa saber o que ela faz, quando ela fez, com quem fez, quem foi, quem não foi, o que ela disse, o que ela viu, se eu fui o assunto, se a pessoa me odeia de volta e tal e tudo mais. E, como eu acho que todo mundo pensa igual a mim, eu acho que é melhor se a pessoa me odiar ao invés de estar magoada. E, também, porque ódio é um sentimento mais racional, mais fácil de se resolver do que um coração partido.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Disdisse

Quando a gente briga com alguém a gente fica com raiva, óbvio e faz coisas meio retardadas, mas compreensíveis, tipo excluir do orkut, excluir da agenda do celular, mudar a pessoa de grupo no msn. Assim, EU acho compreensível. Agora o que não é compreensível, pra mim, é quando alguém.. vamos supor, rasga as cartas que você mandou. Hã? A gente briga e você rasga as cartas que EU mandei, tipo: HAAAA, estou retirando tudo o que VOCÊ disse. A única coisa que passa pela minha cabeça é: Porra, obrigada <3 Na verdade, quando eu paro para pensar em um motivo eu consigo encontrar um: a pessoa quer te mostrar que ela desacreditou em tudo o que você disse, que ela tá pegando o amor que você deu e tá jogando fora. Mas assim, isso parou de ter efeitos negativos em mim, pelo simples fato de não fazer o menor sentido. A partir do momento que eu te dei, você faz o que você quiser com ele. E, se você também, amigo leitor, começar a pensar assim, sua vida vai simplificar em 50%, sério. Eu parei pra pensar por que nos sentimos humilhados quando alguém joga nosso amor fora e não faz sentido. Porque não existe humilhação, pense bem: quando você amou era verdade, certo? Quando você deu amor, a pessoa recebeu, porque vocês tinham uma relação, seja ela qual for. Não tem como ela jogar fora DEPOIS. Ou a pessoa joga fora na hora que você dá (e a gente se entristece, porque a gente tá amando alguém que não nos ama de volta, claro, normal) ou já era. A pessoa vai ficar com esse amor que você deu pra sempre. Não adianta a pessoa ir em uma Lacuna Inc. da vida, porque, se a pessoa voltar a te ver, o amor vai estar lá. Quem é que acha que amor está guardado em memória? Pode apagar toda a sua memória, não adianta. O amor vai estar lá. Como diz Bidê ou Balde: "é sempre amor, mesmo que mude, mesmo que acabe, mesmo que alguém se esqueça o que passou". Como diz em Diário De Uma Paixão. Como diz em Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças. Se tem uma coisa que a pessoa não pode jogar fora, é isso. Então, se você tem uma real e verdadeira intenção de me atacar, joga na minha cara que o que eu te dei um dia, vai ser sempre seu. Porque, "disdizendo" o que eu disse, quem sofre é você.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sobre o vaso, ainda.

Eu fico meio que... descontrolada com essa história do vaso. Porque, como eu disse, o choque da quebra do vaso foi muito forte em mim. Eu não tenho, até hoje, condições físicas, psicológicas e emocionais para tentar consertá-lo, embora eu queira. Só que eu acho uma #putafaltadesacanagem o fato de eu não estar bem o suficiente para consertá-lo e, então, a pessoa falar: "Tá, então." E largar o vaso quebrado lá, como se eu tivesse obrigação em ajudar a consertá-lo. Por que você não quebrou o vaso comigo? Se a gente tivesse, sei lá, brincando de guerra de travesseiro e ele quebrasse, faria sentido pra mim. Ambos estaríamos envolvidos na catástrofe. Mas eu não estava lá. E o motivo da minha ausência é tão estranho quanto o que causou a quebra do vaso. Acho que com uma minúscula força de vontade, você conseguiria consertá-lo sem mim. Já que a mesma minúscula força de vontade que causou a quebra do vaso. E tentar consertar o vaso não é ficar conversando comigo. É consertar o vaso. Conversa não conserta nada. Como diz em Closer: "Where is this love? I can't see it, I can't touch it. I can't feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can't do anything with your easy words." A gente está acostumado com filmizinho de romance, que basta a pessoa falar uma frase bem bonitinha e cute-cute que tudo se resolve, só que na vida real não é assim. Você não pode sumir e estragar as coisas valiosas e voltar e falar: nah, mas eu te amo. Que que esse "mas" está fazendo ae? Não tem que ter "mas". Se tem "mas", já está errado. A gente não ama algo que está destruído, embora destruímos algo que amamos. Você tem que criar de novo tudo aquilo para que você volte a amar. Se você ama algo que está destruído, bad news: não tem nada ali pra você amar, não desperdice seu amor. Ou seja: ou você tenta construir pelo menos o começo de novo, sozinho; ou vai procurar outra coisa construída pra você amar.