domingo, 7 de setembro de 2008

Fome virou Clichê

Tema: Independência energética e a possível falta de alimentos

Já faz algum tempo em que o mundo todo se focou no novo “problema”: Aquecimento global. Ser humano sem problema, não é ser humano. Incansáveis dias temos de nos deparar com esse assunto, seja em palestras que somos obrigados a assistir, seja na televisão ou em qualquer outro meio de propagação de informações. Maldita inclusão digital. Porque, tudo que é demais, cansa.
O novo problema que o ser humano buscou para se “auto-afirmar” é o dilema entre biocombustível e a possível falta de alimentos que o mesmo trará. Colocar a fome como “principal” problema como se alguém ligasse - porque, convenhamos, se todos ligassem mesmo para a fome ela não existiria -, depois de tanto se falar em aquecimento global, duvido que isso gere algum impacto. Pode gerar nos seres humanos que tem a insaciável vontade revolucionária ou que se importam o mínimo com o próximo, ou seja, poucos.
Analisando os “prós” e os “contras” do biocombustível e acreditando que, os capazes homo sapiens sapiens não irão utilizar áreas de plantação de alimentos para a plantação de milho ou cana-de-açúcar, certamente optaríamos pelo biocombustível, pois, como já havia sido citado, ser humano tem umbigo.
As vantagens do biocombustível são várias, como por exemplo, é uma energia renovável, pode aumentar a vida útil do motor, possui baixo risco de explosão, ele é estável e com boa atividade, geraria a independência energia do Brasil – o que seria esplêndido –, o produtor rural estará produzindo seu próprio combustível, e claro, a diminuição da poluição da atmosfera, enquanto os “prós”, basicamente, seja a fome no mundo. Uau.
Desde os anos 70 que se usa a fome como principal fator da “não-progressão” do mundo. Primeiro o petróleo, depois o desmatamento, a globalização, a falta de vergonha da cara dos políticos, desperdício de comida – viu, amiguinho? A fome é a “estraga prazeres” da humanidade. A fome sempre existiu, existe e existirá. O modelo econômico do mundo - excluindo talvez Cuba – não permite que não exista fome. A fome é o combustível. A fome paga muitos salários pelo mundo. Repare como falar “fome” demais cansa.
Cansa tanto, que ficamos com fome. E nem foi por culpa do biocombustível.
Seria mais conveniente dizer que a falta de confiança que temos em nós mesmos e o conhecimento básico que temos do nosso próximo, serem o fator chave que está tentando impedir a utilização dos biocombustíveis. A utilização do mesmo seria bom para o Brasil – o que raramente acontece –, bom para o coletivo e bom para o individual. Gerará mais fome? Talvez. Deveríamos ter “pensado” antes de chegar ao nível em que estamos, então. Afinal, somos seres humanos, certo?

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